1 de abril de 2011

Lei Seca

Hoje, durante o plenário, falei novamente sobre a Lei Seca, a lei de minha autoria que regulamenta o horário de funcionamento dos bares, controla a venda e ingestão de bebidas alcoólicas, diminui os acidentes, os índices de violência e agrega as famílias.

Quero que várias outras cidades aprovem e utilizem esta lei, pois ela realmente salva vidas!!


"Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, quero falar sobre uma lei de minha autoria, aqui em São Paulo, que controla bebidas alcoólicas, uma lei que está salvando muitas vidas, a chamada Lei Seca, ou do Fechamento dos Bares. Foi seguida por várias cidades deste País, mas quando a aprovamos, em São Paulo, tivemos muita dificuldade. Sofri por parte de um segmento da mídia, não diria uma perseguição, mas um debate muito forte, uma posição muito contrária. E com o tempo foi se alastrando, impondo-se essa lei, hoje aplicada em várias cidades do País, diminuindo a violência e trazendo a ordem pública. Costumo dizer sempre, Sr. Presidente, que uma cidade com ordem pública traz investimento e gera emprego. Ninguém quer ir para uma cidade que tenha desordem pública. Ninguém quer ir, por exemplo, para o Rio de Janeiro, onde pode ser assassinado na Linha Amarela, ou no Corcovado, ou no Pão de Açúcar, ou na Linha Vermelha, em qualquer lugar daquela cidade. E São Paulo caminhava para isso também, mas conseguimos aprovar essa lei. Aqui no Tatuapé houve uma diminuição muito grande na Praça Sílvio Romero. Tivemos uma diminuição no Itaim também. São delitos diferentes. Se verificarmos os delitos dos botecos e bares na periferia, é diferente da Vila Madalena ou de Moema. Aqui os delitos são os assaltos aos carros, são as pessoas que dirigem após ingerir bebida alcoólica na madrugada, e acabam atropelando, ou são atropelados, sofrem acidentes de carro e vão todos parar no pronto-socorro. Minha cara Deputada Analice Fernandes, fui colega de seu esposo, que foi prefeito de Taboão; nós nos formamos juntos na Santa Casa, e essa lei nasceu nesse pronto-socorro. Eu recebia de madrugada pessoas acidentadas, esfaqueadas, baleadas, e elas provinham dos bares e por isso elaborei essa lei, para fechar os botecos mais cedo, para controlar essa bebida alcoólica, que é uma droga oficializada, mas que causa um grande estrago, muito mais que o cigarro. O cigarro prejudica a si próprio, mas a bebida alcoólica mata as pessoas, provoca cirrose hepática, pancreatite, hepatite e outras doenças mais, até câncer. A bebida prejudica o outro, por atropelamento; o indivíduo chega em casa e espanca a esposa, maltrata a família, dá mau exemplo. Diadema é uma cidade que seguiu essa lei, diminuindo em mais de 80% a violência. É uma lei muito simples, e por isso quero desta tribuna, do maior Poder Legislativo do Brasil, fazer esse apelo a todas as cidades, aos vereadores, aos prefeitos, para que instalem em sua cidade essa lei. Cada cidade tem os seus problemas. São Paulo tem o problema dos botecos, sim, que avançam pela madrugada, lotando os pronto-socorros, necrotérios, os IMLs, e dando um presente para as mães, que esperam que o filho volte, e ele não volta, e isso acontece às vezes nas vésperas do Natal e Ano Novo. Em outras cidades do interior o problema é semelhante. As pessoas chegam em casa pela madrugada, espancam as esposas e os filhos, dando mau exemplo. Estou muito feliz em vir a esta Casa. Tenho certeza de que conseguirei talvez aprovar em outras cidades. Estive em Campinas, por exemplo, numa audiência pública, e cheguei a ser vaiado porque fui ajudar um vereador do meu partido a instalar a lei. Ele conseguiu aprovar, só que o prefeito vetou. Agradeço mais uma vez pela oportunidade de divulgar essa lei, uma lei que salva vidas e vai trazer uma economia muito grande em termos orçamentários, para a Saúde principalmente."

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