6 de abril de 2011

Crianças e adolescentes em semáforos

Olá,


Gostaria de dividir com vocês a leitura de um pequeno pronunciamento que relaizei em plenário na Assembléia Legislativa no último dia 30/03 e que aborda a questão das crianças e adolescentes que trabalham em semáforos.


"Sr. Presidente, Deputado Barros Munhoz, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, queremos fazer aqui desta tribuna, no dia de hoje, um apelo aos vereadores e aos prefeitos do Interior porque em todas as cidades que vamos, cidades do tamanho médio para maior, encontramos nas ruas e nos cruzamentos das ruas adolescentes que ficam, como aqui na Capital, “trabalhando”, pedindo esmolas. Atrás dessas crianças e adolescentes, que deveriam estar na escola, na creche, porque aproveitam até crianças de colo para ficarem nos semáforos como, por exemplo, da Rua Salim Maluf com a Rua Padre Adelino, estão os pais para angariar recursos para exatamente comprar drogas. Isso é lamentável e também preocupante. Essa violência, que assola o nosso País, o nosso Estado e a nossa Cidade, tem que ser coibida. E, aí, a segurança preventiva é fundamental. Se não cuidarmos dos nossos adolescentes certamente um dia eles sairão das ruas, dos cruzamentos para a Fundação Casa e depois para as penitenciárias, se a polícia não os matarem antes ou se não cuidarmos deles antes. Fiz uma lei que proíbe quaisquer atividades dessas crianças e adolescentes nos semáforos aqui da Capital, inclusive a dos ambulantes. Mas os marginais se misturam com eles e acabam nos atacando nesses cruzamentos. Existem vários pontos na Cidade de São Paulo- como em Campinas, em Santo André, em São Bernardo, em estados como Recife e Rio de Janeiro- em que esses marginais se misturam aos ambulantes e acabam assaltando e até assassinando as pessoas. São Paulo é uma cidade que tem vocação para o trabalho. Muitos turistas procuram a Cidade de São Paulo seja a passeio ou a negócios e quando esse tipo de coisa acontece os turistas vão embora. Ninguém quer estar numa cidade em que há desordem, violência ou insegurança. Por isso fiz esta lei e gostaria de estender para todas as cidades do interior deste estado maravilhoso que é o Estado de São Paulo, o mais forte da União. Temos 130 assassinatos por dia no País. Que país é este?! Que herança daremos aos nossos netos, bisnetos, tataranetos?! Temos de acabar com isto e para tanto proponho a tolerância zero, a blitz pelo desarmamento. Temos de tirar armas daqueles que têm uma arma ilegal, uma arma contrabandeada, uma arma roubada- às vezes até da Polícia Civil, da Polícia Militar. Estas armas de numeração raspada devem ser retiradas do mercado. Fiz um projeto na Câmara Municipal de São Paulo que não vingou. O objetivo era que o governo, fosse municipal, estadual ou federal, indenizasse quem entregasse uma arma com o valor de 200 dólares aproximadamente. O marginal, se não tiver uma arma, não mata. Eles são covardes. Com uma arma na mão eles subjugam as pessoas e assaltam, agridem. Pessoas entram em depressão, se recolhem em suas casas, não querem mais sair. Erguem-se os muros, colocam-se cercas elétricas, colocam-se câmaras e ainda assim não se consegue coibir. Portanto, temos de cuidar dos nossos adolescentes e coloco à disposição de qualquer vereador ou prefeito esta lei a fim de que possamos expandir essa ação e termos segurança, qualidade de vida, o direito à vida, o direito à saúde, que é o bem maior."

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